Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 17 de 17
Filter
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(1): e00037023, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528218

ABSTRACT

Os objetivos foram descrever a prevalência de baixo peso e excesso de peso, avaliados pelo índice de massa corporal (IMC), estratificada por sexo e faixa etária, e analisar as características sociodemográficas associadas ao IMC em mulheres e homens mais velhos. Trata-se de uma análise transversal de 8.974 participantes com ≥ 50 anos da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil, 2015-16). O IMC foi classificado em baixo peso, eutrofia e excesso de peso de acordo com a idade do participante. Foi utilizado modelo de regressão logística multinominal, considerando-se as características sociodemográficas de mulheres e homens. Os resultados evidenciaram maior prevalência de excesso de peso nas mulheres em comparação aos homens (64,1% vs. 57,3%). Em ambos os sexos, a prevalência de baixo peso foi maior nos mais longevos, enquanto que o excesso de peso foi menor. Nas mulheres, a chance de baixo peso foi maior do que a chance de eutrofia naquelas solteiras/viúvas/divorciadas (OR = 1,95; IC95%: 1,42-2,66) e nas residentes na área rural (OR = 1,58; IC95%: 1,01-2,49), ao passo que a chance de excesso de peso foi menor do que a chance de eutrofia nas residentes na área rural (OR = 0,78; IC95%: 0,62-0,97) e em todas as macrorregiões geográficas relativas à Região Sul. Para os homens, a chance de excesso de peso foi menor do que a chance de eutrofia entre solteiros/viúvos/divorciados (OR = 0,58; IC95%: 0,48-0,69). Os mais ricos apresentaram menor chance de baixo peso (OR = 0,59; IC95%: 0,38-0,90), bem como maior chance de excesso de peso (OR = 1,52; IC95%: 1,20-1,92). Em conclusão, as características sociodemográficas associadas ao IMC diferiram entre os sexos.


The objective were to describe the prevalence of underweight and overweight, assessed by body mass index (BMI), stratified by sex and age group, and to analyze the sociodemographic characteristics associated with BMI in older women and men. This is a cross-sectional analysis of 8,974 participants aged ≥ 50 years from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brasil, 2015-2016). BMI was classified as underweight, eutrophy, and overweight according to the participant's age. A multinomial logistic regression model was used, considering the sociodemographic characteristics of women and men. The results showed a higher prevalence of overweight in women compared to men (64.1% vs. 57.3%). In both sexes, the prevalence of underweight was higher in the longest-lived individuals, while overweight was lower. In women, the chance of underweight was higher than the chance of eutrophy in those who were single/widowed/divorced (OR = 1.95; 95%CI: 1.42-2.66) and in those living in rural areas (OR = 1.58; 95%CI: 1.01-2.49), while the chance of being overweight was lower than the chance of being eutrophy in those living in rural areas (OR = 0.78; 95%CI: 0.62-0.97) and in all geographic macro-regions related to the South Region. For men, the chance of being overweight was lower than the chance of being eutrophy among single/widowed/divorced individuals (OR = 0.58; 95%CI: 0.48-0.69). The richest had a lower chance of being underweight (OR = 0.59; 95%CI: 0.38-0.90), as well as a higher chance of being overweight (OR = 1.52; 95%CI: 1.20-1.92). In conclusion, the sociodemographic characteristics associated with BMI differed between the sexes.


Los objetivos fueron describir la prevalencia de bajo peso y sobrepeso, evaluados a través del índice de masa corporal (IMC), estratificada por sexo y grupo de edad, y analizar las características sociodemográficas asociadas al IMC en mujeres y hombres mayores. Se trata de un análisis transversal de 8.974 participantes con ≥ 50 años de la línea de base del Estudio Longitudinal Brasileño sobre el Envejecimiento (ELSI-Brasil, 2015-2016). Se clasificó el IMC en bajo peso, eutrofia y sobrepeso conforme la edad del participante. Se utilizó el modelo de regresión logística multinomial, teniendo en cuenta las características sociodemográficas de mujeres y hombres. Los resultados evidenciaron una prevalencia más alta de sobrepeso en las mujeres en comparación con los hombres (64,1% vs. 57,3%). En ambos sexos, la prevalencia de bajo peso fue más alta en los grupos de mayor edad, mientras que la prevalencia del sobrepeso fue menor. La chance de bajo peso fue más alta que la chance de eutrofia en las mujeres solteras/viudas/divorciadas (OR = 1,95; IC95%: 1,42-2,66) y en las que viven en el área rural (OR = 1,58; IC95%: 1,01-2,49), mientras que la chance de sobrepeso fue menor que la chance de eutrofia en las que viven en el área rural (OR = 0,78; IC95%: 0,62-0,97) y en todas las macrorregiones geográficas relacionadas a la región Sur. La chance de sobrepeso fue menor que la chance de eutrofia entre los hombres solteros/viudos/divorciados (OR = 0,58; IC95%: 0,48-0,69). Los más ricos presentaron una chance menor de bajo peso (OR = 0,59; IC95%: 0,38-0,90), así como una chance más alta de sobrepeso (OR = 1,52; IC95%: 1,20-1,92). En conclusión, las características sociodemográficas asociadas al IMC difirieron entre los sexos.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(7): 1891-1902, jul. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447859

ABSTRACT

Abstract This cross-sectional study aimed to evaluate the association between food consumption (meat, fish, and fruits and vegetables), anthropometric indicators (body mass index, waist circumference, and waist-to-height ratio), and frailty; and to verify whether these associations vary with edentulism. We used data from 8,629 participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) (2015-16). Frailty was defined by unintentional weight loss, weakness, slow walking speed, exhaustion, and low physical activity. Statistical analyses included multinomial logistic regression. Of the participants, 9% were frail and 54% pre-frail. Non-regular meat consumption was positively associated with pre-frailty and frailty. Non-regular fish consumption, and underweight were associated only with frailty. Models with interactions reveled a marginal interaction between meat consumption and edentulism (p-value = 0.051). After stratification, non-regular meat consumption remained associated with frailty only in edentulous individuals (OR = 1.97; 95%CI 1.27-3.04). Our results highlight the importance of nutritional assessment, oral health, and public health-promoting policies to avoid, delay and/or reverse frailty in older adults.


Resumo Este estudo transversal teve como objetivo avaliar a associação entre consumo alimentar (carnes, peixe e frutas e hortaliças), indicadores antropométricos (índice de massa corporal, circunferência da cintura e relação cintura/estatura) e fragilidade; e verificar se essas associações variam com o edentulismo. Usamos dados de 8.629 participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) (2015-16). A fragilidade foi definida por perda de peso não intencional, fraqueza, baixa velocidade da marcha, exaustão e baixa atividade física. As análises estatísticas incluíram regressão logística multinomial. Dos participantes, 9% eram frágeis e 54% pré-frágeis. O consumo não regular de carnes foi positivamente associado à pré-fragilidade e fragilidade. O consumo não regular de peixe e o baixo peso foram associados apenas à fragilidade. Modelos com interações revelaram uma interação marginal entre consumo de carnes e edentulismo (p-valor = 0,051). Após estratificação, o consumo não regular de carnes permaneceu associado à fragilidade apenas em indivíduos edêntulos (OR = 1,97; IC95% 1,27-3,04). Nossos resultados destacam a importância da avaliação nutricional, saúde bucal e políticas públicas de promoção da saúde para evitar, retardar e/ou reverter a fragilidade em adultos mais velhos.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(9): e00076823, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513915

ABSTRACT

Abstract: This study aimed to investigate differences in determinants of active aging between older Brazilian and English adults and to verify the association of behavioral, personal, and social determinants with physical health. This cross-sectional study was based on the ELSI-Brazil (2015-2016) and ELSA (2016-2017) cohorts. Active aging determinants included behavior (smoking, sedentary lifestyle, and poor sleep quality), personal (cognitive function and life satisfaction), and social determinants (education, loneliness, and volunteering), according to the World Health Organization. Physical health included activities limitation and multimorbidity. We estimated age- and sex-adjusted prevalence for each indicator and mean score, and used the negative binomial regression for statistical analysis. We included 16,642 participants, 9,409 from Brazil and 7,233 from England. Overall, all active aging determinants were worse in Brazil than in England, except for life satisfaction (no difference). The most remarkable difference was found for social determinants score in Brazil (mean difference of 0.18; p < 0.05), mainly due to a significantly lower education level in Brazil (70.6%; 95% confidence interval - 95%CI: 69.7-71.5) than England (37.1%; 95%CI: 35.1-39.1). All determinants (behavioral, personal, and social) were associated with health in Brazil and in England. However, the behavioral domain was stronger associated with health in England (coefficient = 2.76; 95%CI: 2.46-3.10) than in Brazil (coefficient = 1.38; 95%CI: 1.26-1.50; p < 0.001). Older English adults beneficiate more from healthier behaviors than Brazilians, which depend more on social policies.


Resumo: Este estudo transversal objetivou investigar as diferenças nos determinantes do envelhecimento ativo entre idosos brasileiros e ingleses, e verificar a associação de determinantes comportamentais, pessoais e sociais com a saúde física. A pesquisa baseou-se nas coortes ELSI-Brasil (2015-2016) e ELSA (2016-2017). Os determinantes do envelhecimento ativo incluíram os determinantes comportamentais (tabagismo, sedentarismo e má qualidade do sono), pessoais (função cognitiva e satisfação com a vida) e sociais (educação, solidão e voluntariado), de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A saúde física incluiu limitação de atividades e multimorbidade. Prevalências ajustadas por idade e sexo foram calculadas para cada indicador e escores médios, utilizando-se a regressão binomial negativa para a análise estatística. A pesquisa incluiu 16.642 participantes, sendo 9.409 do Brasil e 7.233 da Inglaterra. No geral, todos os determinantes do envelhecimento ativo foram piores no Brasil do que na Inglaterra, exceto a satisfação com a vida (sem diferença). A diferença mais marcante refere-se ao escore de determinantes sociais no Brasil (diferença média de 0,18; p < 0,05), principalmente devido à escolaridade significativamente menor no Brasil (70,6%; intervalo de 95% de confiança - IC95%: 69,7-71,5) do que na Inglaterra (37,1%; IC95%: 35,1-39,1). Todos os determinantes (comportamentais, pessoais e sociais) estiveram associados à saúde no Brasil e na Inglaterra. No entanto, o domínio comportamental foi mais fortemente associado à saúde na Inglaterra (coeficiente = 2,76; IC95%: 2,46-3,10) do que no Brasil (coeficiente = 1,38; IC95%: 1,26-1,50) (p < 0,001). Idosos ingleses se beneficiam mais de comportamentos mais saudáveis do que os brasileiros, que dependem mais de políticas sociais.


Resumen: Este estudio transversal tuvo como objetivo investigar las diferencias en los determinantes del envejecimiento activo entre personas mayores brasileñas e inglesas, y verificar la asociación de determinantes conductuales, personales y sociales con la salud física. La investigación se basó en las cohortes ELSI-Brasil (2015-2016) y ELSA (2016-2017). Los determinantes del envejecimiento activo incluyeron determinantes conductuales (tabaquismo, sedentarismo y mala calidad del sueño), personales (función cognitiva y satisfacción con la vida) y sociales (educación, soledad y voluntariado), según la Organización Mundial de la Salud. La salud física incluyó la limitación de actividades y la multimorbilidad. Se calcularon las prevalencias ajustadas por edad y sexo para cada indicador y los puntajes medios, usando la regresión binomial negativa para el análisis estadístico. La encuesta incluyó a 16.642 participantes, 9.409 de Brasil y 7.233 de Inglaterra. En general, todos los determinantes del envejecimiento activo fueron peores en Brasil que en Inglaterra, salvo la satisfacción con la vida (sin diferencia). La diferencia más llamativa se refiere al puntaje de los determinantes sociales en Brasil (diferencia media de 0,18; p < 0,05), sobre todo debido al nivel educativo significativamente más bajo en Brasil (70,6%; intervalo de 95% de confianza - IC95%: 69,7-71,5) que en Inglaterra (37,1%; IC95%: 35,1-39,1). Todos los determinantes (conductuales, personales y sociales) se asociaron con la salud en Brasil y en Inglaterra. Sin embargo, el dominio conductual se asoció más fuertemente con la salud en Inglaterra (coeficiente = 2,76; IC 95% 2,46-3,10) que en Brasil (coeficiente = 1,38; IC95%: 1,26-1,50) (p < 0,001). Las personas mayores inglesas se benefician más de comportamientos más saludables que los brasileños, que dependen más de las políticas sociales.

4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(7): e00179222, 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447795

ABSTRACT

Objetivou-se identificar diferenças alimentares e antropométricas entre adultos mais velhos brasileiros (≥ 50 anos) residentes em áreas urbano-rurais. Trata-se de um estudo transversal com dados da segunda onda (9.949 participantes) do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), de 2019-2021. Foram avaliados: consumo alimentar semanal de fruta/hortaliça, feijão e peixe; autopercepção do consumo de sal; ambiente alimentar (disponibilidade de fruta/hortaliça na vizinhança e produção própria de alimentos); e parâmetros antropométricos objetivos (índice de massa corporal [IMC] e circunferência da cintura [CC]). As análises foram ajustadas por escolaridade. Em comparação com as áreas urbanas, observaram-se nas rurais: menor consumo de fruta/hortaliça em cinco dias da semana ou mais (74,6% vs. 86,4%) e maior consumo adequado de sal (96,8% vs. 92,1%) - diferenças observadas para homens e mulheres. A CC elevada foi menor nas áreas rurais (61,9% vs. 68%), sendo significativa somente para homens. Houve menor disponibilidade de fruta/hortaliça na vizinhança (41,2% vs. 88,3%) e maior produção própria de alimentos (38,2% vs. 13,2%) nas áreas rurais. O consumo de fruta/hortaliça em cinco dias da semana ou mais foi menor nas áreas rurais quando houve disponibilidade de fruta/hortaliça na vizinhança e ausência de produção própria de alimentos. Há diversidade alimentar e nutricional entre áreas urbano-rurais. O incentivo ao consumo de fruta/hortaliça nas áreas urbanas deve considerar a disponibilidade de fruta/hortaliça na vizinhança, enquanto nas áreas rurais deve ser em conjunto com a produção do próprio alimento. O consumo adequado de sal e a manutenção da CC nos valores ideais devem ser reforçados nas áreas urbanas.


El objetivo fue identificar diferencias alimentarias y antropométricas entre adultos mayores brasileños (≥ 50 años) que viven en áreas urbano-rurales. Se trata de un estudio transversal con datos de la segunda ola (9.949 participantes) del Estudio Longitudinal Brasileño sobre el Envejecimiento (2019-2021). Se evaluaron el consumo semanal de alimentos, como frutas/verduras, frijoles y pescado; autopercepción del consumo de sal; entorno alimentario (disponibilidad de frutas/verduras en el barrio y la producción propia de alimentos); y parámetros antropométricos objetivos (índice de masa corporal [IMC] y circunferencia de la cintura [CC]). Los análisis se ajustaron por escolaridad. Se observó un menor consumo de frutas/verduras en las zonas rurales respecto a las urbanas en ≥ 5 días/semana (74,6% vs. 86,4%), mayor consumo adecuado de sal (96,8% vs. 92,1%), y estas diferencias se observaron para hombres y mujeres. La CC elevada fue menor en las zonas rurales (61,9% vs. 68%), y fue significativa solo para los hombres. Hubo una menor disponibilidad de frutas/verduras en el barrio (41,2% vs. 88,3%) y mayor producción propia de alimentos (38,2% vs. 13,2%) en las zonas rurales. El consumo de frutas/verduras en ≥ 5 días/semana fue menor en las zonas rurales cuando hubo frutas/verduras disponibles en el barrio y ausencia de producción del propio alimento. Existe una diversidad alimentaria y nutricional entre las zonas urbanas y rurales. Fomentar el consumo de frutas/verduras en las zonas urbanas debe tener en cuenta la disponibilidad de frutas/verduras en el barrio, mientras que en las zonas rurales debe tener en cuenta también la producción del propio alimento. Se debe reforzar el consumo adecuado de sal y el mantenimiento de la CC en valores ideales en las zonas urbanas.


This study aimed to identify dietary and anthropometric differences in older Brazilian adults (≥ 50 years old) living in urban-rural areas. This is a cross-sectional study with data from the second wave (9,949 participants) of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) from 2019-2021. Weekly dietary intake of fruit/vegetables, beans, and fish; self-perception of salt consumption; food environment (availability of fruit/vegetables in the neighborhood and self-production of food); and objective anthropometric parameters (body mass index [BMI] and waist circumference [WC]) were evaluated. Analyses were adjusted for schooling level. Compared to urban areas, rural areas show lower consumption of fruit/vegetables five days or more per week (74.6% vs. 86.4%) and greater adequate salt intake (96.8% vs. 92.1%) - differences we observed for men and women. Rural areas showed lower high WC (61.9% vs. 68%), significant only for men. Considering food environment, rural areas had lower fruit and vegetable availability in the neighborhood (41.2% vs. 88.3%) and higher self-production of food (38.2% vs. 13.2%). We observed a lower consumption of fruit/vegetables five days or more per week in rural areas with fruit/vegetable availability in the neighborhood and no self-production of food. Urban and rural areas show food and nutritional diversity. Incentives for fruit or vegetable consumption among residents in urban areas should consider the greater availability of these foods in their neighborhood, whereas, in rural areas, self-production of food should be encouraged. Adequate salt intake and ideal WC maintenance should be reinforced in urban areas.

5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(8): e00234421, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1384285

ABSTRACT

Minority groups are more prone to worsen their personal and social vulnerabilities during the COVID-19 pandemic. This study aimed to identify factors associated with the highest COVID-19 vulnerability in the Brazilian sexual and gender minorities. This is a cross-sectional study based on 826 respondents of the Brazilian LGBT+ Health Survey, conducted online from August to November 2020. The COVID-19 vulnerability was based on a previous vulnerability index created by an LGBT+ institution, which comprises three dimensions (income, COVID-19 exposure, and health). The outcome was the highest score quartile. Statistical analysis was based on logistic regression models. The COVID-19 vulnerability was higher in heterosexual and other scarce sexual orientations (OR = 2.34; 95%CI: 1.01-9.20, vs. homosexual), cisgender men (OR = 3.52; 95%CI: 1.35-4.44, vs. cisgender women), and those aged ≥ 50 years (OR = 3.74; 95%CI: 1.24-11.25, vs. 18-29 years old). A negative association was found with complete graduate education (OR = 0.06; 95%CI: 0.02-0.22, vs. complete high school), being white (OR = 0.44; 95%CI: 0.23-0.83), and proper facemask use (OR = 0.31; 95%CI: 0.13-0.76). Except for proper facemask use, factors associated with higher COVID-19 vulnerability are structural determinate and suggest overlapping vulnerabilities, as described by the syndemic model. It guides strategies to deal with the pandemic, which includes a joint approach to the common epidemic that affects sexual and gender minorities, broadening the intersectoral approach to decrease inequalities.


Grupos minoritários são mais propensos a fortalecer suas vulnerabilidades pessoais e sociais, aumentando a vulnerabilidade à COVID-19 durante a pandemia. Este estudo objetivou identificar fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 entre as minorias sexuais e de gênero no Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 826 entrevistados do Inquérito Nacional de Saúde LGBT+, realizado online de agosto a novembro de 2020. A vulnerabilidade à COVID-19 pautou-se em um índice de vulnerabilidade anterior criado por uma instituição LGBT+, compreendendo três dimensões (renda, exposição à COVID-19, e saúde). O resultado foi o quartil de maior pontuação. A análise estatística foi baseada em modelos de regressão logística. Vulnerabilidade à COVID-19 foi maior em heterossexuais e outras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homossexual), homens cisgênero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mulheres cisgênero), e aqueles com 50 anos ou mais (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 anos). Verificou-se associação negativa entre ter pós-graduação (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. até o Ensino Médio), ter cor de pele branca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) e usar máscara adequada (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Exceto pelo uso adequado da máscara, fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 são determinantes estruturais e sugerem vulnerabilidades que se sobrepõem, como descrito pelo modelo sindêmico. Ele orienta estratégias para lidar com a pandemia, que engloba uma abordagem conjunta da epidemia comum que afeta as minorias sexuais e de gênero, ampliando a abordagem intersetorial para diminuir as desigualdades.


Los grupos minoritarios son los más propensos a intensificar sus vulnerabilidades individuales y sociales, lo que aumenta la vulnerabilidad al COVID-19 durante la pandemia. Este estudio tuvo como objetivo identificar los factores asociados con mayor vulnerabilidad al COVID-19 entre las minorías sexuales y de género en Brasil. Se trata de un estudio transversal, realizado con 826 personas que respondieron la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+, aplicada en línea entre agosto y noviembre de 2020. La vulnerabilidad al COVID-19 se basó en un índice de vulnerabilidad anterior creado por una institución LGBT+, el cual comprende tres dimensiones (renta, exposición al COVID-19 y salud). El resultado fue el cuartil de mayor puntuación. El análisis estadístico se basó en modelos de regresión logística. La vulnerabilidad al COVID-19 fue mayor en heterosexuales y otras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homosexual), hombres cisgénero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mujeres cisgénero), y los de 50 años o más (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 años). Hubo una asociación negativa entre tener un título de posgrado (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. hasta la secundaria), tener color de piel blanca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) y usar mascarilla adecuadamente (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Excepto por el uso adecuado de mascarilla, los factores asociados con una mayor vulnerabilidad al COVID-19 son determinantes estructurales y apuntan vulnerabilidades superpuestas, tal como lo describe el modelo sindémico. Este orienta estrategias para enfrentar la pandemia, que constan de un enfoque conjunto de la epidemia común que afecta a las minorías sexuales y de género, ampliando el enfoque intersectorial para reducir las desigualdades.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Young Adult , Sexual and Gender Minorities , COVID-19/epidemiology , Sexual Behavior , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Pandemics
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(11): e00106622, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550160

ABSTRACT

This study aimed to estimate prevalence of loneliness among older Brazilian adults over the first seven months of the COVID-19 pandemic and to identify the predictors of loneliness trajectories. Pre-pandemic data derived from face-to-face interviews of participants of the 2019-2020 Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), which is a nationally representative study of community-dwelling individuals aged 50 years and over. Pandemic data were based on three rounds of telephone interviews among those participants, conducted from May to October 2020. Loneliness was measured by a single-item question, considering those who had at least two repeated measures. Explanatory variables included depression, living alone, leaving home in the last week, and virtual connectedness in the last month. Mixed-effects logistic regression was used to estimate odds ratios with their 95% confidence intervals (95%CI) and to investigate loneliness trajectories and their predictors. In total, 5,108 participants were included. The overall prevalence of loneliness in the pre-pandemic period was 33.1% (95%CI: 29.4-36.8), higher than the pandemic period (round 1: 23.6%, 95%CI: 20.6-26.9; round 2: 20.5%, 95%CI: 17.8-23.5; round 3: 20.6%, 95%CI: 17.1-24.6). A significant interaction (p ≤ 0.05) was evidenced only between depression and time; participants with depression showed a greater reduction in loneliness levels. Although loneliness levels in Brazil have decreased during the pandemic, this pattern is not present for all older adults. Individuals with depression had a more significant reduction, probably due to feeling closer to their social network members during the stay-at-home recommendations.


Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de solidão entre idosos brasileiros nos primeiros sete meses da pandemia de COVID-19 e identificar os preditores das trajetórias de solidão, usando dados pré-pandemia oriundos de entrevistas presenciais de participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) de 2019-2020, um estudo de representatividade nacional com residentes da comunidade com 50 anos ou mais. Os dados durante a pandemia foram coletados em três rodadas de entrevistas telefônicas com os participantes, realizadas de maio a outubro de 2020. A solidão foi medida por uma questão de item único, considerando os casos com pelo menos duas medidas repetidas. As variáveis explicativas incluíram depressão, morar sozinho, sair de casa na última semana e conexão virtual no último mês. A regressão logística de efeitos mistos foi utilizada para estimar as razões de chances com seus intervalos de 95% de confiança (IC95%) e investigar trajetórias de solidão e seus preditores. Foram incluídos 5.108 participantes. A prevalência global de solidão no período pré-pandemia foi de 33,1% (IC95%: 29,4-36,8), um valor superior ao período pandêmico (rodada 1: 23,6%, IC95%: 20,6-26,9; rodada 2: 20,5%, IC95%: 17,8-23,5; rodada 3: 20,6%, IC95%: 17,1-24,6). Uma interação significativa (p ≤ 0,05) foi encontrada apenas entre depressão e tempo; participantes com depressão apresentaram maior redução dos níveis de solidão. Embora os níveis de solidão no Brasil tenham diminuído durante a pandemia, esse padrão não se aplica a todos os idosos. Indivíduos com depressão tiveram uma redução mais significativa provavelmente por se sentirem mais próximos aos membros de suas redes sociais durante as recomendações de ficar em casa.


Este estudio tuvo como objetivo estimar la prevalencia de la soledad entre los adultos mayores brasileños durante los primeros siete meses de la pandemia de COVID-19 e identificar los predictores de las trayectorias de la soledad. Los datos prepandémicos proceden de entrevistas cara a cara de los participantes del Estudio Longitudinal Brasileño sobre el Envejecimiento (ELSI-Brasil) de 2019-2020, que es un estudio nacionalmente representativo de los habitantes de la comunidad de 50 años o más. Los datos de la pandemia se basaron en tres rondas de entrevistas telefónicas entre esos participantes, realizadas de mayo a octubre de 2020. La soledad se midió con una pregunta de un solo ítem, teniendo en cuenta los que tenían al menos dos indicativos repetidos. Las variables explicativas incluían la depresión, el hecho de vivir solo, salir de casa en la última semana y la conexión virtual en el último mes. Se utilizó una regresión logística de efectos mixtos para estimar las odds ratios con sus intervalos del 95% de confianza (IC95%) y para investigar las trayectorias de la soledad y sus predictores. Se incluyeron 5.108 participantes. La prevalencia global de la soledad en el periodo prepandémico fue del 33,1% (IC95%: 29,4-36,8), superior a la del periodo pandémico (ronda 1: 23,6%, IC95%: 20,6-26,9; ronda 2: 20,5%, IC95%: 17,8-23,5, ronda 3: 20,6; IC95%: 17,1-24,6). Sólo se evidenció una interacción significativa (p ≤ 0,05) entre la depresión y el tiempo; los participantes con depresión mostraron una mayor reducción de los niveles de soledad. Aunque los niveles de soledad en Brasil han disminuido durante la pandemia, este patrón no se da en todos los adultos mayores. Aquellos individuos con depresión tuvieron una reducción más significativa, probablemente debido a que se sintieron más cerca de los miembros de su red social durante las recomendaciones de quedarse en casa.

7.
Epidemiol. serv. saúde ; 31(1): e2021752, 2022. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1360431

ABSTRACT

OBJETIVO: Verificar fatores associados à piora do estilo de vida, incluindo atividade física e consumo de cigarros e álcool, durante a pandemia de COVID-19, entre lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e identidades relacionadas, Brasil, 2020. MÉTODOS: Estudo transversal, com indivíduos ≥18 anos de idade. Odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram estimados pela regressão logística. RESULTADOS: Dos 975 participantes, 48,9% (IC95% 45,7;52,1) diminuíram sua atividade física; 6,2% (IC95% 4,8;7,9) e 17,3% (IC95% 15,0;19,8) aumentaram o consumo de cigarros e de álcool, respectivamente. Houve piora na realização de atividade física nos que aderiram às máscaras (OR=2,26; IC95% 1,20;4,23), piora no consumo de cigarros naqueles com alguma condição crônica (OR=2,39; IC95% 1,03;5,56) e de álcool nas mulheres cis (OR=1,95; IC95% 1,31;2,92) e indivíduos morando com companheiro(a) (OR=1,89; IC95% 1,23;2,91) CONCLUSÃO: Destacou-se piora do estilo de vida em mulheres cis, indivíduos com uma condição crônica e aqueles que aderiram às máscaras.


OBJETIVO: Verificar factores asociados al empeoramiento del estilo de vida durante la pandemia, incluida actividad física, consumo de cigarrillos y alcohol, en lesbianas, gays, bisexuales, transexuales, travestis e identidades relacionadas (LGBT+). MÉTODOS: Estudio transversal realizado en Brasil en agosto-noviembre, 2020, con individuos ≥18 años. Se utilizó regresión logística para estimar odds ratio (OR) y intervalos de confianza del IC95%. RESULTADOS: De 975 participantes, 48,9% (IC95% 45,7;52,1) disminuyó la práctica de actividad física, 6,2% (IC95% 4,8;7,9) aumentó el consumo de cigarrillos y 17,3% (IC95% 15,0;19,8) aumentó el consumo de alcohol. Hubo empeoramiento en la actividad física entre individuos que adhirieron a mascarillas (OR=2,26; IC95% 1,20;4,23), empeoramiento en consumo de cigarrillos entre individuos con una condición crónica (OR=2,39; IC95% 1,03;5,56), y de alcohol entre mujeres-cis (OR=1,95; IC95% 1,31;2,92) y personas que vivían en pareja (OR=1,89; IC95% 1,23;2,91). CONCLUSIÓN: Se destacó empeoramiento en mujeres cis, individuos con una condición crónica y que adhirieron a las mascarillas.


OBJECTIVE: To verify factors associated with deteriorating lifestyle during the COVID-19 pandemic, including physical activity, cigarette and alcohol intake in lesbians, gays, bisexuals, transsexuals, transvestites and people with related identities (LGBT+). METHODS: This was a cross-sectional study with individuals aged ≥18 years. Logistic regression was used to estimate odds ratios (OR) and 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS: Of the 975 participants, 48.9% (95%CI 45.7;52.1) decreased physical activity, 6.2% (95%CI 4.8;7.9) increased cigarette smoking, and 17.3% (95%CI 15.0;19.8) increased alcohol intake. Physical activity deteriorated among individuals who adhered to mask use (OR=2.26; 95%CI 1.20;4.23), cigarette smoking increased among individuals who had a chronic health condition (OR=2.39; 95%CI 1.03;5.56), and alcohol intake increased among cisgender women (OR=1.95; 95%CI 1.31;2.92) and individuals living with a partner (OR=1.89; 95%CI 1.23;2.91). CONCLUSION: Lifestyle deterioration stood out among cisgender women, individuals with a chronic health condition and those who adhered to mask use.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Indicators of Quality of Life , Sedentary Behavior , Sexual and Gender Minorities/statistics & numerical data , Tobacco Use Disorder/epidemiology , Alcohol Drinking/epidemiology , Cross-Sectional Studies , COVID-19/epidemiology
8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(supl.3): 5089-5098, Oct. 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1345723

ABSTRACT

Abstract This article aims to investigate whether difficulty in taking medication is associated with stroke among older adults with Systemic Arterial Hypertension (SAH) and to explore their association with living arrangements. Cross-sectional study was based on 3,502 older adults with SAH from the four universities pole of Frailty in Brazilian Older People (Fibra) Study, Brazil, including 14 municipalities of the five Brazilian regions. We used the medical diagnosis of stroke and difficulty in taking medications (self-reported difficulty and financial difficulty affording prescribed medications). Multivariate analysis was performed using logistic regression. Differently from women, older men with SAH, which report difficulty in taking medication (unintentional non-adherence), have higher odds of stroke. When stratified by living arrangements, those living with a partner have even higher odds of stroke compared to those without difficulty in taking medication and living alone. None association was found for difficulty affording prescribed medication for both men and women. Unintentional difficulty in taking medication plays a role in SAH treatment among men. Primary care strategies for controlling blood pressure should not be focus only on patients but targeting spouses as well.


Resumo O objetivo deste artigo é investigar se a dificuldade em tomar medicamentos está associada ao acidente vascular encefálico (AVE) entre idosos com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e explorar esta associação com arranjos familiares. Estudo seccional baseado em 3.502 idosos com HAS dos quatro polos do Estudo Fibra, Brasil, incluindo 14 cidades das cinco regiões brasileiras. Foi usado o diagnóstico médico de AVE e a dificuldade em tomar medicamentos (dificuldade autorrelatada e dificuldade financeira). Utilizou-se a regressão logística na análise multivariada. Diferentemente das mulheres, homens com HAS que relataram dificuldade em tomar medicamentos (não adesão não intencional) apresentam maior chance de ter AVE. Quando estratificado por arranjos familiares, homens que moravam com o cônjuge apresentaram chance ainda maior de ter AVE, quando comparados com aqueles sem dificuldade em tomar medicamentos e que vivem sozinhos. Nenhuma associação foi encontrada para dificuldade financeira, tanto para mulheres quanto para homens. Dificuldades não intencionais em tomar medicamentos têm um papel importante no controle da HAS entre homens. Estratégias de controle da pressão arterial realizadas na atenção primária não devem focar apenas nos pacientes, mas nos cônjuges destes pacientes.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Stroke/epidemiology , Frailty , Hypertension/epidemiology , Blood Pressure , Cross-Sectional Studies , Medication Adherence
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(5): 1863-1872, maio 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1249525

ABSTRACT

Resumo Objetivou-se verificar a adesão às medidas de prevenção em idosos com maior predisposição a formas graves de COVID-19 e sua associação e interação com o apoio social. Trata-se de um estudo transversal realizado em amostra de 3.477 participantes do inquérito telefônico do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (iniciativa ELSI-COVID-19), que informaram ter saído de casa na semana anterior à realização do inquérito. A adesão foi aferida pela frequência com que saiu de casa, necessidade de sair de casa, uso de máscara e higienização das mãos. As análises basearam-se no modelo Poisson com variância robusta. Idade ≥ 65 anos, hipertensão, diabetes e obesidade foram considerados fatores predisponentes para formas graves de COVID-19. O apoio social incluiu o arranjo domiciliar e a conexão social na pandemia. Aproximadamente 46% apresentaram melhor adesão, que foi associada positivamente ao número de fatores predisponentes para formas graves. O apoio social não foi associado à adesão e não modificou essa associação, após ajustamentos. Conclui-se que a adesão às medidas de prevenção, que deveria ser estendida a todos, está concentrada nos idosos com maior predisposição a formas graves de COVID-19, independentemente do apoio social.


Abstract This study sought to assess the adherence to preventive measures among the elderly more prone to severe forms of COVID-19, and the association and interaction with social support. It is a cross-sectional study conducted with a sample of 3,477 participants of the telephone survey of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-COVID-19 initiative), who reported going out of the home in the past week. The adherence was based on the frequency of leaving the house, the need to venture outside the home, use of masks, and sanitization of hands. Statistical analysis was based on the Poisson model with robust variance. Predisposing factors for severe forms of COVID-19 included age ≥65 years, hypertension, diabetes, and obesity. Social support included living arrangements and social distancing during the pandemic. Approximately 46% of the participants showed higher adherence, which was positively associated with the number of predisposing factors for severe forms of COVID-19. Social support was not associated with adherence, nor was this association modified after adjustments. The conclusion drawn is that higher adherence is concentrated among the elderly with greater predisposition to severe forms of COVID-19, irrespective of social support, albeit preventive measures should be adopted by all.


Subject(s)
Humans , Aged , COVID-19 , Social Support , Brazil , Cross-Sectional Studies , Longitudinal Studies , SARS-CoV-2
10.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00069521, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1345633

ABSTRACT

The understanding of health care demands and possible access barriers may support policymaking and best practices targeting the lesbian, gay, bisexual, transgender, and related identities (LGBT+) population. The aims of the Brazilian LGBT+ Health Survey were to characterize the LGBT+ population during the COVID-19 pandemic and to specify the characteristics of the COVID-19 pandemic in this population. This is a cross-sectional online study, with a convenience sample of 976 individuals identified as LGBT+, aged 18 years or older from Brazil. It allows investigations of sexuality, discrimination, internal homophobia, health-related behaviors, and health care access. The study adopts a conceptual framework (i.e., validated tools and measures) common to other epidemiological studies, allowing comparisons. We describe the study methodology, some descriptive results, and health-selected indicators compared with the Brazilian National Health Survey. Most of the respondents were from Southeast Region (80.2%), mean aged 31.3 (± 11.5 years). Regarding COVID-19, 4.8% tested positive. Both weekly episodes of discrimination (36%) and depression prevalence (24.8%) were high among the LGBT+ population in Brazil, highlighting mental health and homophobia as major concerns in the LGBT+ context during the pandemic. Although a decade has passed since the institution of the Brazilian National Policy for Comprehensive LGBT Health, appropriate training of health professionals to offer adequate services is still needed. Knowledge of the specific health demands of this group might guide person-centered best practices, promote sexual minority high-acceptance settings, and contribute to higher equity during the pandemic.


A compreensão das demandas de cuidados de saúde e das possíveis barreiras ao acesso pode apoiar a formulação de políticas e as melhores práticas voltadas para a população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e identidades relacionadas (LGBT+). O Inquérito Nacional de Saúde LGBT+ teve como objetivos caracterizar a população LGBT+ durante a pandemia da COVID-19 e especificar as características da pandemia da COVID-19 nessa população. Este é um estudo transversal online com uma amostra de conveniência de 976 indivíduos identificados como LGBT+ com idade 18 anos ou mais, no Brasil. O inquérito permite a investigação da sexualidade, discriminação, homofobia interna, comportamentos relacionados à saúde e acesso a cuidados de saúde. O inquérito adota um arcabouço conceitual (p.ex.: ferramentas e medidas validadas) comum a outros estudos epidemiológicos, o que permite comparações. O artigo descreve a metodologia do inquérito, alguns resultados descritivos e indicadores de saúde selecionados, em comparação com a Pesquisa Nacional de Saúde. A maioria dos participantes era do Sudeste (80,2%), com média de idade de 31,3 (± 11,5 anos). Com relação à COVID-19, 4,8% testaram positivos. As taxas de episódios semanais de discriminação (36%) e de prevalência de depressão (24,8%) eram altas na população LGBT+ brasileira, o que destaca a saúde mental e a homofobia como preocupações no contexto LGBT+ durante a pandemia. Embora tenha transcorrido uma década desde a implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, ainda é necessário treinamento de profissionais de saúde para oferecer serviços adequados. O conhecimento das demandas específicas de saúde nesse grupo pode orientar melhores práticas centradas na pessoa, promover ambientes de acolhimento de minorias sexuais e contribuir para maior equidade durante a pandemia.


La compresión de las demandas de cuidados de salud y las posibles barreras de acceso a los mismos pueden apoyar en la creación de políticas y realización de mejores prácticas, enfocando a la población lesbiana, gay, bisexual, transgénero e identidades relacionadas (LGBT+). Los objetivos de la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+ fueron caracterizar a la población LGBT+ durante la pandemia de COVID-19 y especificar las características de la pandemia COVID-19 en esta población. Se trata de un estudio transversal en línea, con una muestra de conveniencia de 976 individuos brasileños identificados con el colectivo LGBT+, con una edad comprendida entre 18 años o más. Permite investigaciones de sexualidad, discriminación, homofobia interna, comportamientos relacionados con la salud, y acceso a cuidados de salud. El estudio adopta un marco conceptual común (p.ej., herramientas validadas y medidas) respecto a otros estudios epidemiológicos, permitiendo comparaciones. Expusimos la metodología de estudio, algunos resultados descriptivos, así como indicadores de salud seleccionados comparados con la Encuesta Nacional de Salud. La mayoría de quienes respondieron eran originarios de la región sureste (80,2%), la media de edad fue 31,3 (± 11,5 años). Respecto al COVID-19, 4,8% dieron positivo tras las pruebas. Tanto los episodios semanales de discriminación (36%) y prevalencia depresión (24,8%) fueron altos entre la población LGBT+ en Brasil, resaltando la salud mental y la homofobia como principales preocupaciones en el contexto LGBT+ durante la pandemia. A pesar de que ha pasado una década desde la institución de la Política Nacional de Salud Integral LGBT, sigue siendo necesario un entrenamiento apropiado de profesionales de salud para ofrecer servicios adecuados. El conocimiento de las demandas específicas de salud de este grupo puede llevar a mejores prácticas centradas en estas personas, promover contextos de alta aceptación de minorías sexuales, así como contribuir a una equidad más alta durante la pandemia.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Transgender Persons , Sexual and Gender Minorities , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Pandemics , SARS-CoV-2 , Health Services Accessibility
11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(3): 783-792, mar. 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1089488

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste artigo é verificar os fatores associados à busca por serviços preventivos de saúde pela população adulta brasileira. A amostra foi composta por participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (2013), que relataram procura por algum serviço de saúde nos últimos 15 dias, classificado em "tratamento/diagnóstico" ou "preventivo". As variáveis exploratórias incluíram sexo, faixa etária, cor de pele, estado conjugal, escolaridade, localização do domicílio, posse de plano privado de saúde e tempo de cadastro na ESF. As associações foram verificadas pelas razões de prevalência (RP), obtidas pelo modelo de Poisson, considerando a complexidade do desenho amostral. A amostra foi composta por 32.377 indivíduos que buscaram o serviço de saúde, sendo 12,94% para ações "preventivas". A procura por estes cuidados foi mais frequente entre mulheres e menos frequente entre os mais velhos, que não viviam com companheiro, com menor escolaridade. Não possuir plano privado de saúde foi associado a menor busca por prevenção. Ser adscrito à ESF não foi associada a busca por ações preventivas. Mesmo com os esforços e com o reconhecimento da importância da prevenção, a maioria dos indivíduos ainda busca os serviços de saúde para tratamento.


Abstract The objective of this article is to examine factors associated with preventive health services search among Brazilian adults. Sample included adults participants from the National Health Survey (2013), that had reported any health service search in prior 15 days, categorized into "treatment/diagnosis" or "preventive" service. Exploratory variables included sex, age, race, marital status, education, household situation, private health plan enrolment and time of FHS enrolment. Associations were verified by prevalence ratios (PR), estimated using robust Poisson regression, considering complexity of sampling parameters. Final sample included 32,377 individuals, 12,94% have searched "preventive" services. Preventive search was more often among women and less often among the older adults, those not living with partner, with less education. Having private health plan was associated with less preventive services search. FHS enrolment were not associated with preventive search. By conclusion, although some efforts and the importance of preventive actions, most of individuals search for treatment services.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Preventive Health Services/statistics & numerical data , Patient Acceptance of Health Care/statistics & numerical data , Brazil , Cross-Sectional Studies , Health Surveys , Middle Aged
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.3): e00193320, 2020. tab
Article in English, Spanish | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1132894

ABSTRACT

Resumo: O objetivo do estudo foi examinar a prevalência e fatores associados a ter saído para trabalhar durante a epidemia da COVID-19, entre adultos com 50 anos ou mais que exerciam trabalho remunerado antes do seu início. Foram utilizados dados da segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzida por meio de entrevista face a face, entre agosto de 2019 e março de 2020 (antes do início da epidemia), em amostra nacional representativa de adultos com 50 anos ou mais, e dados obtidos por meio de entrevistas telefônicas realizadas entre esses participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), conduzidas entre 26 de maio e 8 de junho de 2020 (durante a epidemia). As análises foram baseadas nas odds ratios (OR) estimadas pela regressão logística. A média de idade dos participantes foi 59,9 anos (DP = 6,5). A prevalência de ter saído para trabalhar nos sete dias anteriores foi de 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre os homens e 25,1% entre as mulheres (trabalho formal, por conta própria e informal). Os resultados mostraram que, entre os homens, a chance de ter saído para trabalhar foi menor entre aqueles de 60 a 69 anos em comparação com aqueles de 50 a 59 anos (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre as mulheres, a probabilidade de ter saído para trabalhar foi menor entre aquelas que trabalhavam por conta própria (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) ou tinham vínculo informal de trabalho antes da epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), em comparação àquelas com vínculo formal de trabalho. Uma das hipóteses para explicar essa associação é que as mulheres com vínculo informal tenham sido dispensadas e aquelas que trabalhavam por conta própria tenham deixado de trabalhar durante a epidemia.


Resumen: El objetivo del estudio fue examinar la prevalencia y factores asociados a haber salido para trabajar durante la epidemia de la COVID-19, entre adultos con 50 años o más, que ejercían trabajo remunerado antes del inicio de la misma. Se utilizaron datos de la segunda fase del Estudio Brasileño Longitudinal del Envejecimiento (ELSI-Brasil), llevada a cabo mediante una entrevista cara a cara, entre agosto de 2019 y marzo de 2020 (antes del inicio de la epidemia), en una muestra nacional representativa de adultos con 50 años o más, y datos obtenidos por medio de entrevistas telefónicas realizadas entre estos participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), realizadas entre el 26 de mayo y 8 de junio de 2020 (durante la epidemia). Los análisis se basaron en las odds ratios (OR) estimadas por regresión logística. La media de edad de los participantes fue 59,9 años (DP = 6,5). La prevalencia de haber salido para trabajar durante los siete días anteriores fue de un 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre hombres y un 25,1% entre las mujeres (trabajo formal, por cuenta propia e informal). Los resultados mostraron que, entre los hombres, la oportunidad de haber salido a trabajar fue menor entre aquellos con edades comprendidas entre los 60 a 69 años, en comparación con aquellos de 50 a 59 años (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre las mujeres, la probabilidad de haber salido a trabajar fue menor entre aquellas que trabajaban por cuenta propia (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) o tenían un vínculo laboral informal antes de la epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), en comparación con aquellas con un vínculo laboral formal. Una de las hipótesis para explicar esta asociación es que las mujeres con un vínculo informal fueron dispensadas del servicio y aquellas que trabajaban por cuenta propia hayan dejado de trabajar durante la epidemia.


Abstract: The objective of this study was to examine the prevalence of going out to work during the COVID-19 epidemic, and the factors associated with this, among adults aged 50 years and over who were in paid employment before its onset. We used data from the second wave of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted through face-to-face interviews between August 2019 and March 2020 (before the onset of the epidemic), in a representative national sample of adults aged 50 and over, and data obtained through telephone interviews carried out among the same participants (ELSI-COVID-19 initiative), conducted between May 26 and June 8, 2020 (during the epidemic). The analyses were based on odds ratios (OR) estimated by logistic regression. The participants' mean age was 59.9 years (SD = 6.5). The prevalence of going out to work in the previous seven days was 38.4% (95%CI: 31.3-46.1), 50.2% among men and 25.1% among women (formal work, self-employment, and informal work). The results showed that among men, the likelihood of going out to work was lower among those aged 60 to 69 years compared to those aged 50 to 59 years (OR = 0.27; 95%CI: 0.15-0.48). Among women, the likelihood was lower among those who were self-employed (OR = 0.28; 95%CI: 0.12-0.64) or in informal employment before the epidemic (OR = 0.25; 95%CI: 0.09-0.69), compared to those in formal employment. One of the hypotheses to explain this association is that women in informal employment were more likely to be dismissed, and that self-employed women have stopped working during the epidemic.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Aged , Pneumonia, Viral , Aging , Coronavirus Infections , Pandemics , Brazil/epidemiology , Longitudinal Studies , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Middle Aged
13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(5): 1845-1852, Mai. 2019. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1001792

ABSTRACT

Resumo Este estudo transversal foi conduzido em uma amostra probabilística de 597 idosos comunitários residentes em Belo Horizonte, com o objetivo de avaliar quais condições crônicas apresentam associações independentes com a permanência do idoso no mercado de trabalho, a fim de verificar a influência de cada uma isoladamente. A análise multivariada foi baseada em modelos de regressão de Poisson, com variância robusta e ajustadas por sexo, idade, escolaridade, aposentadoria e condições crônicas. A condição de saúde que apresentou associação independente e estatisticamente significante com o trabalho atual foi a artrite (ou reumatismo), mesmo após ajuste por outras condições crônicas, de modo que idosos que relataram diagnóstico médico de atrite tiveram menor propensão de permanecerem no mercado de trabalho (Razão de Prevalência [RP] ajustada = 0,54; IC 95%: 0,35-0,85). Além disso, os resultados mostraram que o sexo modifica essa associação, sendo essa propensão menor somente entre o sexo feminino (RP = 0,45; IC 95%: 0,25-0,84). Estes resultados reforçam a importância da promoção da saúde entre os trabalhadores, principalmente na prevenção e controle da artrite entre as mulheres.


Abstract This cross-sectional study was based on a probabilistic sample of 597 community-dwelling elderly people living in Belo Horizonte. Theaim was to assess which chronic conditions are independently associated with ongoing employment among elderly people. It was conducted to assess the isolated effect of each one. The multivariate analysis was based on Poisson regression models with robust variance, adjusted by sex, age, schooling, retirement and chronic conditions. Arthritis (or rheumatism) was the only chronic condition with independent and statistic significant association with ongoing employment, even after adjustment for other chronic conditions: older people with medical diagnosis of arthritis have lower odds of being in the labor market (Fully adjusted Prevalence ratio [PR] = 0.54; CI 95%: 0.35-0.85). Moreover, our results showed that gender modifies this association, with a lower propensity among females (PR=0.45; CI 95%: 0.25-0.84). Our results highlight the importance of health promotion among workers, mostly arthritis prevention and management among women.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Arthritis/epidemiology , Employment/statistics & numerical data , Brazil , Sex Factors , Chronic Disease/epidemiology , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Independent Living
14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(7): e00141917, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-952429

ABSTRACT

Psychosocial factors appear to be associated with increased risk of disability in later life. However, there is a lack of evidence based on long-term longitudinal data from Western low-middle income countries. We investigated whether psychosocial factors at baseline predict new-onset disability in long term in a population-based cohort of older Brazilians adults. We used 15-year follow-up data from 1,014 participants aged 60 years and older of the Bambuí (Brazil) Cohort Study of Aging. Limitations on activities of daily living (ADL) were measured annually, comprising 9,252 measures. Psychosocial factors included depressive symptoms, social support and social network. Potential covariates included sociodemographic characteristics, lifestyle, cognitive function and a physical health score based on 10 self-reported and objectively measured medical conditions. Statistical analysis was based on competitive-risk framework, having death as the competing risk event. Baseline depressive symptoms and emotional support from the closest person were both associated with future ADL disability, independently of potential covariates wide range. The findings showed a clear graded association, in that the risk gradually increased from low emotional support alone (sub-hazard ratio - SHR = 1.11; 95%CI: 1.01; 1.45) to depressive symptoms alone (SHR = 1.52; 95%CI: 1.13; 2.01) and then to both factors combined (SHR = 1.61; 95%CI: 1.18; 2.18). Marital status and social network size were not associated with incident disability. In a population of older Brazilian adults, lower emotional support and depressive symptoms have independent predictive value for subsequent disability in very long term.


Fatores psicossociais parecem estar associados a um aumento do risco de incapacidade em idosos. Entretanto, faltam evidências baseadas em dados longitudinais de longo prazo em países ocidentais de renda baixa e média. Investigamos se os fatores psicossociais presentes na linha de base predizem a incapacidade incidente no longo prazo em uma coorte populacional de idosos brasileiros. Usamos dados do seguimento de 15 anos de 1.014 participantes com 60 anos de idade ou mais do Estudo de Coorte de Idosos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Foram medidas anualmente as limitações nas atividades de vida diária (AVD), totalizando 9.252 mensurações. Os fatores psicossociais incluíram sintomas depressivos, apoio emocional e rede social. As variáveis independentes incluíram características sociodemográficas, estilo de vida, função cognitiva e uma escala de saúde física com dez condições clínicas autorrelatadas e medidas objetivas. A análise estatística foi baseada em um modelo de risco competitivo, tendo o óbito como evento de risco competitivo. Os sintomas depressivos na linha de base e o apoio emocional da pessoa mais próxima estiveram associados à incapacidade futura nas AVD, independentemente da grande amplitude das variáveis independentes. Os achados mostraram um claro gradiente de associação, onde o risco aumentou progressivamente desde o baixo apoio emocional isoladamente (sub-hazard ratio - SHR = 1,11; IC95%: 1,01; 1,45) para sintomas depressivos isoladamente (SHR = 1,52; IC95%: 1,13; 2,01) até a combinação de ambos os fatores (SHR = 1,61; IC95%: 1,18; 2,18). O estado civil e o tamanho da rede social não mostraram associação com a mortalidade incidente. Em uma população de idosos brasileiros, o apoio emocional baixo e sintomas depressivos apresentam valores preditivos independentes em relação à incapacidade subsequente no prazo muito longo.


Los factores psicosociales parecen que estaban asociados con un aumento del riesgo de sufrir discapacidad más adelante a lo largo de la vida. Sin embargo, existe una falta de evidencias en los datos a largo plazo de carácter longitudinal, procedentes de países occidentales con una renta medio-baja. Investigamos si los factores psicosociales como base de referencia predicen un surgimiento de discapacidad a largo plazo en una cohorte de población, basada en adultos ancianos brasileños. Se realizó un seguimiento durante 15 años con datos de 1.014 participantes con 60 años y de mayor edad en el Estudio de Cohorte Envejecimiento de Bambuí (Brasil). Las limitaciones en las actividades de la vida diaria (ADL por sus siglas en inglés) fueron medidas anualmente, comprendiendo 9.252 medidas. Se trabajó con factores psicosociales, incluidos síntomas depresivos, apoyo social y tejido social. Las covariables potenciales incluyeron características sociodemográficas, estilo de vida, función cognitiva y un marcador de salud física, basado en 10 condiciones médicas autoinformadas y medidas objetivamente. El análisis estadístico estaba basado en un marco de riesgo competitivo, considerando la muerte como riesgo competitivo. Las bases de referencia de los síntomas depresivos y el apoyo emocional de la persona más cercana estuvieron asociadas con una futura discapacidad ADL, independientemente del extenso rango de potenciales covariables. Los resultados muestran un clara asociación graduada, en la que el riesgo gradualmente aumentó desde un bajo apoyo emocional solo (sub-hazard ratio - SHR = 1,11; IC95%: 1,01; 1,45) para síntomas depresivos sólo (SHR = 1.52; IC95%: 1,13; 2,01) y luego para ambos factores combinados (SHR = 1,61; IC95%: 1.18; 2.18). El estado marital y el tamaño del tejido social no estuvieron asociados con la incidencia de discapacidad. En una población de adultos mayores brasileños, un apoyo emocional más bajo y síntomas depresivos poseen un valor predictivo independiente para una consecuente discapacidad a muy largo plazo.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged , Social Support , Activities of Daily Living/psychology , Disabled Persons/psychology , Depression/psychology , Socioeconomic Factors , Brazil , Geriatric Assessment/statistics & numerical data , Predictive Value of Tests , Risk Factors , Cohort Studies , Follow-Up Studies , Health Surveys/statistics & numerical data , Marital Status , Disabled Persons/classification , Age of Onset , Depression/complications
15.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 14s, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-979045

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the magnitude of wealth-related inequalities in basic activities of daily living among community-dwelling Brazilian older adults and to determine the contribution of demographic, socioeconomic, and health conditions to the inequality. METHODS We used data from the 2015 Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) with a nationally representative sample of adults aged 50 years or older. We assessed wealth-related inequalities in basic activities of daily living by the concentration index. Concentration index was decomposed to determine the contribution of demographic, health, and socioeconomic factors to wealth-related inequalities in basic activities of daily living. RESULTS The prevalence of disability in the sample was 15.7% (95%CI 14.9-17.6). The concentration index was -0.145 (95%CI -0.194- -0.097), which indicates that disability is concentrated in the poorest individuals in Brazil. Inequalities in basic activities of daily living disability are primarily explained by socioeconomic status (wealth and own education) not by demographic or health factors. CONCLUSIONS There are avoidable wealth-related inequities for those with a disability in Brazil. The strong contribution of the socioeconomic status highlights the need for new public health policies that promote equity, universality, and integrality, in addition to the expansion of home nursing public services.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Activities of Daily Living , Disabled Persons/statistics & numerical data , Health Status Disparities , Social Class , Brazil/epidemiology , Prevalence , Longitudinal Studies , Middle Aged
16.
Belo Horizonte; s.n; 20170630. 109 p.
Thesis in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1100304

ABSTRACT

Introdução: Projeções da população mundial mostram que número de pessoas com 65 anos ou mais irá aumentar de 524 milhões em 2010 para aproximadamente 1,5 bilhões em 2050, sendo que o envelhecimento é associado com a incapacidade. Considerando que um dos objetivos das políticas públicas na área da saúde é a manutenção e melhora da funcionalidade da população, mais estudos sobre este tópico tornam-se necessários. A identificação de preditores sociais e biológicos da incapacidade tem o potencial de contribuir para a identificação de grupos vulneráveis tanto para prevenção quanto para a intervenção precoce. Dentre preditores sociais, a epidemiologia social aponta que os fatores psicossociais tem um impacto considerável na saúde da população. Objetivos: Esta tese teve como objetivo investigar a funcionalidade e sua associação com os fatores psicossociais entre a população inglesa e a brasileira com idade mais avançada, considerando modelos estatísticos mais elaborados. Adicionalmente, foram explorados fatores que poderiam modificar essa associação, como as iniquidades socioeconômicas, sexo e sintomas depressivos.Material e método: Como fonte de informações, foram utilizados dados do Projeto Bambuí (longitudinalmente) e do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA) (transversalmente). A funcionalidade foi mensurada pela dificuldade em desempenhar atividades básicas de vida diária (ABVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). A análise estatística foi baseada em modelos estatísticos avançados a fim de refinar a intepretação dos resultados: (1) utilizou-se o modelo de regressão de riscos competitivos, considerando que a morte é uma censura informativa quando estima-se o risco de incapacidade; (2) utilizou-se o modelo de regressão logística multinomial, tendo como variável resposta a interação entre incapacidade condição socioeconômica. Resultados: No Brasil, a densidade de incidência de incapacidade em 15 anos foi de 359 por 1000 pessoas-ano, 347 pessoas morreram e 96 foram perdidas durante o período de seguimento. Na linha de base, a idade média dos participantes foi de 68,6 (± 6,7 anos), 23,1% apresentaram sintomas depressivos (mentais) menores, 10,4% sintomas depressivos (mentais) maiores e 40,5% relataram pouco apoio emocional da pessoa mais próxima. Pessoas com pouco apoio emocional apresentaram maior risco de desenvolver incapacidade em ABVD, após os ajustes pertinentes, ocorrendo o mesmo para sintomas depressivos (mentais) maiores. Quando combinados em um modelo para verificar modificação de efeito entre ambas, não houve interação significativa. Na Inglaterra, a idade média dos participantes foi de 66,0 (± 8,4 anos), 10,2% apresentaram sintomas depressivos e 31,3% relataram pouco apoio social de amigos, familiares ou filhos. A condição socioeconômica modificou a associação de fatores psicossociais e funcionalidade: quanto pior é a condição socioeconômica, maior é a força de associação entre sintomas depressivos e funcionalidade, em ambos sexos. Adicionalmente, dentre os homens, aqueles com incapacidades em ABVD/AIVD e pior condiçãosocioeconômica estavam mais propensos a não terem contatos semanais com amigos, familiares ou filhos e a não apresentarem cônjuge. Dentre as mulheres, aquelas com incapacidades e piores condições socioeconômicas estavam mais propensas a relatar solidão.Conclusões: Tanto no Brasil quanto na Inglaterra, longitudinal e transversalmente, respectivamente, o apoio social e os sintomas depressivos influenciaram a funcionalidade de pessoas com idade mais avançada. Intervenções objetivando o aumento dos contatos sociais e do apoio social, além de prevenção e tratamento de sintomas depressivos tem o potencial de diminuir os aspectos negativos da incapacidade através de caminhos psicológicos. Deve-se considerar, também, que a população alvo dessas intervenções são as pessoas com piores condições socioeconômicas. Além das causas materiais, demonstramos que o ambiente social, como sugerido pela teoria psicossocial, também influencia as iniquidades em saúde.


Introduction: World population projections showed that the number of people at the age of 65 and above will grow from 524 millions in 2010 to nearly 1.5 billion in 2050 and the ageing is associated with disability. One of the key public health concerns is the elderly functioning maintenance and improvement and more studies on this topic are necessary. The identification of social and biological preditors related to the disability onset may potentially contribute for identifying vulnerable groups. This could enhance both prevention and engagement of target groups in early rehabilitation. Among the social preditors, social epidemiology shows that psychosocial factors have a striking impact in populations health.Objectives: This thesis aimed to explore the functioning and its association with psychosocial factors among older Brazilian and English adults, taking into account modern statistic models. Addictionally, we explored variables that could modificate this association, such as socioeconomic inequalities, sex and emotional support. Material and methods: We used data from the Bambui Cohort Study of Ageing (longitudinally) and the English Longitudinal Study of Ageing (cross-sectionally). Functioning was measured by difficultility in carrying out basic activities of daily living (ADL) and instrumental activities of daily living (IADL). The statistical analysis was based on modern statistical models to refine the results interpretation: (1) we used the competing-risks regression, taking into account that death is an informative censoring when we estimate the disability risk; (2), we used the multinomial logistic regression using the interaction between disability and socioeconomic condiction as the outcome variable.Results: In Brazil, the disability incidence rate in 15 years was 359 per 1,000 personyears, 347 people died and 96 were lost in follow-up. At baseline, mean age was 68.6 ± 6.7 years, 23.1% showed minor depressive (mental) symptoms, 10.4% major depressive (mental) symptoms and 40.5% reported low emotional support from the closest person. Persons with low emotional support from the closest person were at significant increased risk for incident ADL disability, after adjustments. The same pattern was observed for major depressive (mental) symptoms. After conjugating both in a model to assess modification effect, we did not find any significant interaction. In England, mean age was 66.0 ± 8.4 years, 10.2% showed depressive symptoms and 31.3% reported low social support from friends, family or children. The multinomial logistic regression showed that wealth modifies the association between psichosocial factors and functioning: the poorest, the stronger the association between depressive symptoms and functioning, in both sex. Adictionally, among men, those with ADL/IADL disability and the poorest showed higher odds of having no weekly contact with friends, familiy or children, and not living with partner. Among women, those with disability and the poorest showed higher odds of loneliness. Conclusions: Both in England and Brazil, cross-sectionally and very long term, respectively, social support and depressive symptoms are related to functioning among older adults. Interventions that aim to enhance social contacts and support and treatment or prevention of depressive symptoms may potentially decrease negative aspects of disability by psychological pathways. Moreover, the target population are the poorest. Besisdes material causes, we showed that social environment, as suggested by psychosocial theory, is also related to health inequalities.


Subject(s)
Humans , Middle Aged , Aged , Social Support , Activities of Daily Living , Aging , Longitudinal Studies , Depression , Loneliness
17.
Cad. saúde pública ; 30(5): 1018-1028, 05/2014. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-711826

ABSTRACT

This study was conducted in a probabilistic sam- ple of 2,055 elderly in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, to examine components of social network (conjugal status and visits by the children, other relatives, and friends) and social support (satisfaction with personal relations and having persons on whom to rely) associated with limitations in performing basic activities of daily living (ADL). Multivariate analysis used the Hurdle model. Performance of ADL showed independent and statistically significant associations with social network (fewer meetings with friends and not having children) and personal support (dissatisfaction/indifference towards personal relations). These associations remained after adjusting for social and demographic characteristics, health status, and other indicators of social relations. Our results emphasize the need for greater attention to social network and social support for elderly with functional limitations and those with weak social networks and social support.


Este trabalho foi conduzido em uma amostra probabilística de 2.055 idosos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, com o objetivo de examinar componentes da rede social (situação conjugal, visita de filhos, outros parentes e amigos) e do apoio social (satisfação com as relações pessoais e existência de pessoas com quem contar) associados à limitação para realizar atividades básicas da vida diária(ABVDs). A análise multivariada foi baseada no modelo Hurdle. A performance na realização de ABVDs apresentou associações independentes e significantes com a rede social (menos encontros com amigos e não possuir filhos) e o apoio social (insatisfação/indiferença com as relações pessoais). Essas associações persistiram após ajustamentos por características sociodemográficas, condição de saúde e outros indicadores das relações sociais. Nossos resultados reforçam a necessidade de maior atenção para a rede social e apoio social aos idosos com limitações funcionais, e para idosos com redes sociais e apoio social frágeis.


Este estudio fue realizado en una muestra probabilística de 2.055 ancianos del área metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, buscando examinar los componentes de la red social (estado civil, visitas de nietos, otros familiares y amigos) y del apoyo social(satisfacción con las relaciones personales y existencia de personas a quien poder recurrir), asociados con la limitación en actividades básicas de la vida diaria (ABVDs). El análisis multivariado se basó en el modelo Hurdle. La dificultad en la realización de las ABVDs tuvo asociaciones independientes y significativas con la red social (menos encuentros con amigos y no tener niños) y el apoyo social (insatisfacción/indiferencia con las relaciones personales). Estas asociaciones persistían después de los controles por características sociodemográficas,condición de salud y otros indicadores de relaciones sociales. Nuestros resultados sugieren la necesidad de una mayor atención para la red social y apoyo social a los ancianos con limitaciones funcionales y para aquellos con redes y apoyo social frágiles.


Subject(s)
Aged , Aged, 80 and over , Female , Humans , Male , Middle Aged , Activities of Daily Living , Disabled Persons/statistics & numerical data , Frail Elderly/statistics & numerical data , Geriatric Assessment/statistics & numerical data , Interpersonal Relations , Social Support , Age Factors , Brazil/epidemiology , Disabled Persons/psychology , Frail Elderly/psychology , Health Services for the Aged , Sex Factors , Socioeconomic Factors , Urban Population
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL